terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Pele

Como dissemos, quando o bebê nasce sua pele é rosada. Este  tom é decorrente a abundância de glóbulos vermelhos, indispensaveis para a vida no interior do útero materno. Acontece de a pele do bebê se tornar amarelada e manisfestar a presença de icterícia. Pode ser necessário tirar uma amostra do sangue para que o pediatra investigue a causa - nada assustador, as maternidades usam um aparelho que dá uma picadinha na pele, é o chamado BiliChek.


Geralmente, esse tom deve-se ao excesso de glóbulos vermelhos. Em função disso, eles acabam expelindo uma substancia chamada bilirrubina, que pigmenta a pele de amarelo. Se os valores de bilirrubina forem altos, a criança deverá ser submetida a um tratamento de fototerapia. Ela sera exposta, durante alguns dias, a uma lampada que transforma a bilirrubina e devolve a cor natural. Não se preocupe, esse tratamento não é doloroso nem impede o contato da mãe com seu pequeno.

É possível que o bebe nasça com muitos pelos no seu corpo, mais precisamente no rosto e nos ombros. Eles desaparecerão apos algumas semanas. No rosto do bebê, especialmente no nariz, testa e queixo. Alguns bebês nascem com manchas vermelhas nas pálpebras, entre as sobrancelhas e a nuca. Seu nome é angioma e essas manchas vão passando com o tempo até sumir.

A pele do bebê é muito suave (tanto que existe a expressão "tão linda quanto a pele de um bebê") e delicada, podendo apresentar alterações diante de mínimos estímulos, como o toque, a temperatura, o atrito.


Os problemas de pele são muito comuns nos bebês, sendo alguns deles considerados normais. A descamação da pele é muito freqüente, principalmente nos bebês que nascem no tempo certo.

É como se houvesse uma troca de pele. Devido a sua grande sensibilidade outros problemas podem ocorrer. Entre os mais comuns estão as irritações, também chamadas "brotoejas", pequenos caroços vermelhos que podem aparecer em várias partes do corpo. Elas ocorrem quando o bebê passa calor e transpira, geralmente por excesso de roupa.

Também é freqüente a miliária, pequenas bolinhas amareladas, de consistência dura e que se localizam no nariz e rosto, como se fossem “espinhas”. Dispensa tratamento, na maioria dos casos.

Já o impetigo é uma infecção da pele. Formam-se bolhas amareladas que se rompem com facilidade e vão se espalhando, se não forem tratadas. O tratamento geralmente inclui sabonete anti-séptico e pomadas à base de antibióticos.

São também muito comuns as chamadas manchas mongólicas. São manchas arroxeadas ou azuladas, de tons e tamanhos variáveis que aparecem na região do final da coluna e das nádegas. Não têm nenhum significado especial e geralmente desaparecem nos primeiros anos de vida.

Muitos bebês apresentam "caspas", que são chamadas de dermatite seborreica. Seu aparecimento pode estar relacionado à predisposição individual somada à ação de fatores irritantes locais. Deve-se evitar o uso de shampoos ou sabonetes muito perfumados e às vezes é necessário o uso de medicamentos para resolver o problema.

Outra ocorrência freqüente são as manchas vermelho-vinhosas, os hemangiomas. Há vários tipos de hemangiomas, mas todos eles são originados por malformações congênitas dos vasos sangüíneos do local. É importante dizer que não estão relacionados com nada de errado que possa ocorrer durante a gravidez, como por exemplo a ingestão ou não de qualquer alimento. A verdadeira causa é desconhecida. Podem ocorrer em qualquer gestação, em qualquer pessoa.

Os hemangiomas são comuns, e dependendo do tipo chegam a 50 % dos bebês. Os do tipo plano, na região da nuca, são os mais freqüentes. Os sólidos, altos, em relevo, são menos comuns. É comum ocorrer involução, nos primeiros meses de vida. Mas se a lesão começar a crescer e incomodar, ou ainda se houver traumas ou sangramentos no local, pode ser necessário um tratamento. Existem vários tipos de tratamentos com medicamentos, cirurgia, radioterapia e outros métodos físicos, dependendo do caso. O especialista leva em consideração se a área afetada é mais sensível, como a genital, por exemplo, na hora de definir o tratamento. O prognóstico depende do tipo e da localização da lesão.

Diferenciar os vários tipos de problemas de pele dos bebês nem sempre é fácil para o leigo, tornando-se neste caso uma tarefa para o pediatra.


Dr. Ruy Pupo Filho é médico pediatra, neonatologista e sanitarista. É autor dos livros “Manual do Bebê”, “Como educar seus filhos” e “Plantão Médico-sala de parto”. Foi “Pai do Ano” pela Revista Claudia em 1995 e “Gente que Faz” em 1997 por sua militância em defesa dos direitos das crianças com deficiência.

Fonte:ManualdoBebê/VilaMulher.terra

1 comentários:

Unknown disse...

Muito boas as explicações!! Sempre cuidei muito da pele da Nayá.
Postei em meu blog uma dica muito legal para proteger a pele do bebê: roupa com proteção solar.

http://zigzola.blogspot.com/2012/02/dica-de-protecao-para-pele-do-bebe.html

beijos!

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